Capítulo 4
Cauda
de Cinzas acordou com o brilho da neve através das urtigas em seus olhos.
Quando lembrou-se do acontecimento do dia passado uma angústia à invadiu,
sentiu seus filhotes se mexendo e teve vontade de chorar.
—Não
fique triste Cauda de Cinzas, Pelo de Espinho está agora caçando com clã das
Estrelas.—Disse Filhote de Margarida, um dos filhotes de Pé de Centeio.
Cauda
de Cinzas se conformou um pouco.
—Obrigada,
Filhote de Margarida.
—Você
vai voltar do enterro a tempo de ver minha cerimônia de aprendiz?
—Nossa
cerimônia de aprendiz.—Disse Filhote de Açafrão, irmã de Filhote de Margarida.
—Creio
que sim, mas agora estou atrasada e tenho que ir.
A
clareira estava coberta com a fina neve do começo da estação das folhas caídas.
Presa de Texugo, Bigode de Relva e Pele de Orvalho esperavam por Cauda de
Cinzas, o corpo foi levado até o limite da floresta de carvalhos e enterrado na
beira do lago. Quando os demais gatos haviam retornado ao acampamento, Cauda de
Cinzas, conseguiu ver o espírito de Pêlo de Espinho sentado na beira do lago.
Ele se levantou e caminhou na direção da gata.
—Sinto
sua falta.
—Mesmo
no clã das estrelas ainda estarei com você.
O
gato encostou seu focinho no da gata e sussurrou:
—Adeus
Cauda de Cinzas, cuide de nossos filhotes.
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